O outro lado do Ser !!


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sábado, 31 de outubro de 2009

Um Reflexo de nosso País !




João, de 15 anos, quando descobre que sua mãe está com a Doença da Farinha, leva-a para o Hospital Público de Barracolândia. Lá, o médico Fábio tenta atendê-lo, porém com a falta de recursos, avisa de má vontade que não pode fazer nada, e manda João e sua mãe embora. João então vai até a prefeita Mariana e pede que ela possa investir um pouco mais em hospitais, para que sua mãe possa ser tratada. A prefeita Mariana é muito ocupada e não lhe dá ouvidos. João começa a ficar irritado e vai falar com o presidente Alberto. O presidente simplesmente escuta o que ele diz e sai de perto para falar com os ministros de Barracolândia, sem nem voltar a pensar no assunto. João fica extremamente irritado. Ele quer salvar a mãe, mas como?

E aqui fazemos a pausa da nossa narração sobre o dia de João. Se voltarmos lá atrás na história e pensarmos “o que teria acontecido se algum tempo atrás, a mãe de João tivesse conseguido algum dinheiro extra?”. Talvez João tivesse levado sua mãe para um hospital particular. Infelizmente, João não tem esse dinheiro. Vamos avançar um pouco mais. E se o médico Fábio tivesse se esforçado um pouco mais? Se tivesse, por exemplo, recomendado ao menos outro hospital público de Barracolândia? Só que Fábio já atendeu mais de 60 pessoas aquele dia. Mulheres tendo filhos, pessoas machucadas, crianças doentes, uma senhora idosa que tinha sido atropelada e precisou amputar as pernas, etc... Por Fábio e seus dois amigos Paula e Gabriel serem os únicos médicos do Hospital Público de Barracolândia, eles ficam extressados com tantos pacientes, e não estão com muita vontade de ajudar garotos que têm as mães doentes.
Até aqui, já parece tudo muito ruim, certo? Só que vai piorar. Quando avançamos ainda mais na linha do tempo, paramos na parte em que João fala com a prefeita Mariana. Porquê ela não deu ouvidos à ele? Porque ela está ocupada com mais 5 pedidos de hospitais públicos que estão sem medicamentos, 17 pedidos de escolas públicas (incluindo a escola “Sabertudo”, que João estuda) que estão sem material escolar e sem lanche. Ela simplesmente está muito ocupada mesmo.
Por fim, chegamos ao prefeito Alberto. João recebe seu último “não” dele. Porque ele diz não? Porque ele acha que a dona Lisa não precisa de atenção de um presidente, além de ele “estar ocupado” desviando dinheiro público para sua conta em outro país, “Glamourlândia”.

Aqui voltamos para a narração sobre o dia de João. Ele precisa de dinheiro para ajudar sua mãe. Então larga a escola e começa a trabalhar para tentar arrecadar dinheiro para poder pagar um hospital particular e ajudar sua mãe. Porém, o trabalho não dá conta. João até tenta jogar na Ultra Sena e ganhar o prêmio de 2 milhões, mas não consegue. E João só consegue ver os roubos como uma maneira de ganhar dinheiro antes que sua mãe morra. Vai atrás de alguém para roubar, e acaba encontrando o médico Fábio. Depois de roubar Fábio, ele rouba o dinheiro da prefeitura. Mariana é acusada de ter pego o dinheiro público (que João pegou) para ela mesma, e acaba perdendo o cargo. Por fim, João usa um programa de computador ultra avançado (que ele roubou) em um computador (que ele também roubou) para ter acesso às contas exteriores em Glamourlândia do presidente Alberto. A polícia, que estava de plantão online consegue detectar o saque de dinheiro incontável e prende Alberto. (Nota, a polícia de Barracolândia é independente do gorverno, caso contrário também não funcionaria). Finalmente chegamos ao fim da nossa história: João tem o dinheiro que precisa. Leva sua mãe para um hospital particular e pede atendimento. Então ele descobre uma coisa que devia ter aprendido na escola (lembra que a prefeita Mariana tinha um pedido de materiais da escola dele?). João descobre que a Doença da Farinha não tem cura. Conseqüentemente, dona Lisa morre e o dinheiro que João roubou é perdido com os anos.

E aqui encerramos a narração sobre João. Para finalizar, gostaria de falar de uma coisa muito triste sobre essa história. O que eu escrevi, apesar de ser fictício, acontece no nosso país, o Brasil. E se não arrumarmos um modo rápido de reverter a situação, talvez sejamos todos como o médico Fábio, a prefeita Mariana ou até mesmo a Dona Lisa, que acabam perdendo muitas coisas sem nem terem culpa. Ou talvez, até tenhamos culpa, como o presidente Alberto tinha. Mas o único problema, é que estamos começando a viver algo parecido com a lei das selvas, “matar ou morrer”. No meio em que vivemos hoje, não importa mais quem é bom ou quem é mal, só importa quem tem dinheiro e quem não tem. Quer dizer, ao menos que consigamos reverter essa situação.

Lucas Melo

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